A troca de experiências entre migrantes e organizações já estabelecidas no Brasil é ponto-chave para êxito do projeto SindicAndo. Neste sentido, em suas oficinais, o projeto leva informação e conhecimento a partir de experiências práticas.
Em Curitiba, nos dias 25 e 26 de agosto, Pedrinha Lasmar, da UGT-Amazonas, destacou o papel dos sindicatos e das associações para a preparação de trabalhadores e trabalhadoras migrantes em busca de um emprego formal.
“Sabemos que o trabalho formal é a única maneira de garantir direitos trabalhistas. Sindicatos e associações têm um papel importante no processo de orientação aos migrantes sobre como elaborar um currículo, acessar as vagas disponíveis, como preparar suas redes sociais frente ao mercado de trabalho. São ações que podem fazer diferença para quem busca um emprego”, explicou.
Membro da ASOVEAM (Associação de Venezuelanos do Amazonas), Roberto D’Angelo compartilhou a experiência da organização e destacou que “mais importante que o assistencialismo, é a promoção da autonomia dos trabalhadores e trabalhadoras migrantes”.
“Cursos, palestras, workshops, produção de currículos, orientações, encaminhamento para sindicatos, divulgação de vagas de emprego, entre outras, são ações concretas desenvolvidas pela ASOVEAM. Elas se somam a diversas outras iniciativas que buscam promover a cidadania e os direitos de venezuelanos que vivem em Manaus e em outros centros urbanos do Amazonas”, destacou a sindicalista se referendo à experiência em seu estado.
Planejamento
Com a contribuição da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e de lideranças sindicais que representam trabalhadores e trabalhadoras domésticas, da construção civil, do asseio e conservação e servidores públicos, a oficina estabeleceu um plano de ação com diversas atividades para o próximo período. Muitas delas se relacionam diretamente com o combate ao trabalho precário, garantia de direitos e promoção da cidadania.
“O trabalho por conta própria sem nenhum tipo de formalização, ou o contrato precário (sem registro em carteira) são realidades bastante comuns entre migrantes. Estes são pontos em que os sindicatos podem estabelecer elos para promover a garantia de direitos. O diálogo social é um deles. Dessa forma, as ações planejadas pelas lideranças sindicais em conjunto com os trabalhadores migrantes presentes na oficina, indicam uma série de atividades que darão prosseguimento ao projeto e fortalecerão a Rede Nacional de Sindicatos para a Proteção dos Trabalhadores Migrantes”, aponta Josenildo Melo, Consultor Sindical.
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